SAÚDE DOS MARES

A evolução tecnológica transformou a saúde dos mares de forma desastrosa provocando enormes mudanças tanto no habitat marinho, quanto fora dele. Anteriormente o potencial de produção dos oceanos era ilimitado quando há 500 anos atrás se começou a explorar o mar aberto e o homem se achava o "Senhor dos Mares". No começo pescávamos de maneira correta, esperávamos a lua certa, a maré precisa, a pesca precisava da força humana, os danos eram pequenos. Não havia sonar para detectar cardumes nem navios pesqueiros...

Mas chegou a evolução tecnológica e tudo mudou...


Entretanto, as águas do mares e rios do Brasil ainda têm melhores condições e qualidade que a média global, registra o ìndice de Saúde do Oceano (OHI, na sigla em inglês) publicado última quarta-feira 15 na revista Nature. Ele recebeu 62,4 pontos e está no 35° no ranking feito com 171 países costeiros - marca que o coloca 18 posições acima da média global, com

60 pontos.


A média global aponta para uma péssima qualidade e manutenção das águas oferecidas  em todo o mundo, o que afeta diretamente cerca da metade da população que vive perto da costa e a presença humana tem um impacto negativo substancial para o oceano, e os resultados estão em relação inversa a população costeira.

o país, no entanto, perde em quatro dos dez quesitos avaliados, como águas limpas(76 do país contra 78 do geral), turismo e recreação (0 contra 10), subsistência e economia (51 contra 75) e produtos naturais (29 contra 40). As ilhas Jarvis, território desabitado no Pacífico Sul, são as melhores colocadas na lista, com 86 pontos; já a nação africana Serra Leoa, fica com o último lugar, com 36 pontos.

O estudo da Conservação Internacional, da National Geographic Society e do New England Aquarium, é baseado em dez fatores, que medem o uso que as pessoas fazem dos recursos e dos serviços oferecidos pelos oceanos e pelos ambientes costeiros, e montam uma escala de 100 pontos. Quanto menor a pontuação, pior a situação do país no aproveitamento e no uso sustentável dos recursos. 

                                                   

Poluição dos Oceanos

As águas dos oceanos e mares são contaminadas e poluídas principalmente, pelos dejetos introduzidos pelos rios, que em sua maioria, deságuam no litoral, desse modo, a poluição pode ser emitida em grandes distâncias, porém seus reflexos são percebidos em área costeira. A poluição oceânica é oriunda principalmente de esgotos e produtos químicos e tóxicos, além do petróleo, que provocam sérios prejuízos a fauna e microfauna, como planctons, e também ao homem.

Todos os dias os oceanos e mares recebem milhões de toneladas de substâncias poluentes, dejetos vindos de áreas centrais, carregados pelas águas dos rios. É grande o número de agentes poluidores das águas marinhas, como o esgoto doméstico, industrial, resíduos agrotóxicos, sem contar os lixos sólidos das mais variadas formas, como pneus, garrafas de refrigerante, latas e muitos outros tipos de materiais que aos poucos são dispersos pelo oceano. Quando há uma grande quantidade de poluição, as praias ficam sujas e impróprias para banho, lazer e a pesca pois as águas ficam contaminadas por coliformes fecais, além de outras bactérias nocivas aos seres humanos e a fauna marinha.

Segundo a revista científica Science, o panorama dos impactos provocados pela ação antrópica nos oceanos e mares do mundo revela que 41% de toda área marinha já sofreu impactos. Diante de tal gravidade de poluição, as condições da água dos mares e oceanos do planeta está comprometida o que consequentemente afeta a vida humana e o ecossistema como um todo.

Celiane Vilarim

Jornalista


Instituto Omindaré e TV Omindaré

Categoria:Educação

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